Em todas as pessoas, a glicose absorvida dos alimentos circula no sangue junto com a hemoglobina, e o contato entre as duas moléculas faz com que algumas moléculas de glicose se liguem definitivamente a moléculas de hemoglobina, originando assim a "Hemoglobina Glicada" ou A1c.
Quantos maiores os níveis de glicose no sangue, maior tenderá a ser a proporção de Hemoglobina Glicada em relação a Hemoglobina Total nas hémacias.
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Quando dosar
A hemácia que contém a hemoglobina glicada vive cerca de 120 dias ( 4 meses) , sendo depois desintegrada.Devido a isso, a dosagem da Hemoglobina Glicada funciona como um registro da glicemia nos últimos 2 a 3 meses. Ou seja, mesmo que a glicemia no momento esteja normal, a Hemoglobina Glicada poderá refletir momentos de glicemia elevada que tenham ocorrido nos últimos meses. Poderíamos comparar uma dosagem de glicemia a uma fotografia instantânea, e a Hemoglobina Glicada a um filme.
Atualmente, as associações que cuidam dos diabéticos recomendam que sejam realizadas pelo menos duas dosagens de Hemoglobina Glicada ao ano, em pacientes bem controlados e que não sofram alterações no tratamento.
Por outro lado, uma vez realizadas alterações no tratamento elas demorarão mais tempo a serem percebidas através da Hemoglobina Glicada, sendo recomendável a sua solicitação cerca de duas a três semanas após uma modificação no tratamento.
A meta para a dosagem
A meta para o tratamento é melhor estabelecida pelo médico, pois algumas pessoas possuem hemoglobinas ligeiramente diferentes que podem interferir no teste. Outras pessoas ainda poderão apresentar outro fatores que poderão dificultar que a Hemoglobina Glicada alcance valores mais baixos ( como por exemplo, pessoas com tendência para hipoglicemia).
Contudo de maneira geral podemos dizer que as pessoas não diabéticas terão valores entre 4 a 6 % e pessoas com diabetes mal controlado, terão níveis acima de 10%.
A sociedade Brasileira de Diabetes recomenda que os níveis sejam mantidos abaixo de 7%, uma vez que níveis acima de 7% estão associados a um risco aumentado de complicações crônicas.
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