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terça-feira, 11 de março de 2014

Origem da Enfermagem


Florence Nightingale 


Florence Nightgale nasceu na Itália em 12 de maio de 1820, 2ª filha de uma família aristocrática européia. Sua família, rica e bem-relacionada, vivia em Florença na Itália. Por isso, Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, como sua irmã mais velha Parthenope nascida em Partênope. Moça brilhante e impetuosa, rebelou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu status, que seria tornar-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se à enfermagem. Foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Criméia. Também contribuiu no campo da Estatística, nomeadamente na criação de sistemas de representação gráfica como o gráfico setorial ("pizza") e para Controlde de Infecção, os princípios de Isolamentos para Doenças Infecciosas; de Higiene Pessoal e Ambiental; Lavanderia e Nutrição e Dietética.
Florence sofria de esquizofrenia. Em dezembro de 1844, em resposta à morte de um mendigo
numa enfermaria em Londres, que acabou evoluindo para escândalo público, ela se tornou a principal defensora de melhorias no tratamento médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). Isto a levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do Estado para muito além do fornecimento de tratamento médico. Ela anunciou sua decisão em torna-se enfermeira, papel exercido na época por mulheres ajudantes do hospital ou cozinheiras do exército, o que para a família em 1845, provocou raiva e rompimento, particularmente de sua mãe.
Em 1846, ela visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por uma ordem de freiras católicas na Alemanha, ficando impressionada pela qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e práticas das freiras.
A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da Criméia, que se tornou seu principal foco quando relatos de guerra começaram a chegar à Inglaterra relatando as condições precárias dos feridos. Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias treinadas por ela, inclusive sua tia Mai Smith, partiram para a Criméia. Florence Nightingale voltou para a Inglaterra como heroína em agosto de 1857 e era provavelmente a pessoa mais famosa da Era Vitoriana além da própria Rainha Vitória.
Em 1860, estabeleceu a escola de treinamento para enfermeiras no hospital St Thoma´s, considerando a enfermagem como profissão respeitável para mulheres. 
No mesmo ano, Florence publicou seu primeiro manuscrito com os princípios dos cuidados baseados na observação e sensibilidade às necessidades do paciente. As notas foram traduzidas para onze línguas estrangeiras e são publicadas até os dias atuais. Para Saúde Pública, o planejamento e organização do hospital tiveram um impacto profundo na Inglaterra e através do mundo. Fez campanha ao longo dos anos para melhoria dos padrões da saúde, publicando 200 livros, relatórios e panfletos. 
Em 1883, a Rainha Vitória concedeu a Florence Nightingale a Cruz Vermelha Real e em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito. Florence não conseguia levantar da cama a partir de 1896 e morreu em 13 de agosto de 1910. 
Florence Nightgale influenciou a natureza do cuidado de saúde moderno e seus manuscritos são referenciais atuais para a Enfermagem.

Fonte: Florence Nightingale Museum, London

Descobri  no You Tube essa gravação da voz dela, fantástica restauração !
)


 Versão em desenho animado e dublada :

 


Dois filmes sobre a vida de Florence :



Ana Nery 




A primeira escola oficial de enfermagem de alto padrão no Brasil, fundada por Carlos Chagas em 1923, recebeu em 1926 o nome de "Ana Néri", em homenagem à primeira enfermeira brasileira, que serviu como voluntária na guerra do Paraguai. Ana Justina Ferreira Néri nasceu na vila de Cachoeira de Paraguaçu-BA, em 13 de Dezembro de 1814.
Viúva do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri, viu seus filhos, o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidora Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo; seus irmãos Manuel Jerônimo Ferreira e Joaquim Maurício Ferreira, ambos oficiais do exército, serem convocados para a Guerra do Paraguai.
Ana Néri escreveu então ao presidente da província uma carta em que oferecia seus serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito.
Partiu da Bahia, de onde nunca saíra, em 1865, para auxiliar o corpo de saúde do Exército, que era pequeno e contava com pouco material. Começou seu trabalho no hospital de Corrientes, onde havia, nessa época, cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas. Mais tarde, assistiu os feridos em Salto, Humaitá, Curupaiti e Assunção.
Mulher de posses, com seus recursos montou na capital conquistada, na própria casa onde morava, uma enfermaria limpa e modelar. Ali trabalhou abnegadamente, até o fim da guerra, na qual perdeu seu filho Justiniano e um sobrinho, que se alistara como voluntário da pátria.
De volta ao Brasil, em 1870, Ana Néri recebeu várias homenagens: foi condecorada com as medalhas de prata humanitária e da campanha e recebeu do imperador uma pensão vitalícia, com a qual educou quatro órfãos que recolhera no Paraguai. Seu retrato de corpo inteiro, obra de Vítor Meireles, figura em lugar de honra no paço municipal de Salvador. Ana Néri morreu no Rio de Janeiro, no dia 20 de Maio de 1880.




Fonte: Secretaria do Estado de São Paulo


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